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A Educação traz consigo inúmeros questionamentos e angustias que aos poucos e com muito cuidado vão sendo solucionadas. A Geografia vem nessa perspectiva de aguçar as discussões educacionais, fortalecendo laços entre o espaço escolar, a criticidade e a vivencia, criando diálogos que enriquecem o cotidiano, formando sujeitos capazes na argumentação critica e reflexiva da sociedade contemporânea. O blogger tem como objetivo apresentar ao aluno discussões geográficas, expor atividades desenvolvidas e interagir de modo pedagógico. Sejam bem vindos!

sábado, 28 de maio de 2011

Ao Dia do Geógrafo. Por Sociedade Ativa

O paradigma que norteou a Geografia nos últimos 30 anos foi: a ciência cuja preocupação maior era o processo de produção do espaço. De 1986, para cá, começando por Milton Santos (na comunicação apresentada na OEA naquele ano), passamos a ver a Geografia com novos olhos diante do processo de mudança em que o mundo vem se inserindo analisar o comportamento do homem segundo o meio técnico-científico-informacional que toma conta da humanidade. Por conta desse meio técnico-científico-informacional tudo no mundo hoje parece girar em tomo da informação. Fala-se em “revolução digital”, traduzindo-se a mesma competência para o acesso à informação. Ora o simples acesso à informação não se traduz por conhecimento.

O que a informação deve nos propiciar através da Geografia, até no dizer de um grande filósofo, Julian Marias, é elaborar uma correta visão do mundo. Nesta visão, fica implícita a necessidade de compreendermos o que é o global e o local, o que é a destruição “criativa” de Joseph Schumpeter e o que Edgar Morin quer dizer quando fala que toda a evolução é um jogo de desorganização e reorganização e que a humanidade vive uma crise sem par em toda sua história.

E por que a sociedade está em crise? E o que a Geografia tem a ver com ela? A sociedade está em crise porque, simplesmente, não consegue se constituir como humanidade. Está em crise porque o homem está em crise. Crise esta explicada por Morin magnificamente quando ele diz que: “o homo sapiens sapiens ainda vive não uma crise macroeconômica global, mas uma crise antropológica”. Daí Milton Santos falar em Metageografia , ressaltando o papel da Filosofia para ajudar a entender melhor o homem e seus desequilíbrios pessoais, que geram as desigualdades fruto da ótica capitalista em que ele se estriba para organizar uma nova ordem econômica hedonista e materialista; ordem essa, cujos reflexos cabe à Geografia, não só analisar mas tentar das soluções uma vez que o ápice dessa crise se situa no urbano, que congrega a maior parcela da população mundial; daí a ascensão do conceito de cidade global, como catalisadora de todas as expectativas da sociedade mundial.

Esta cidade global é o fulcro de um novo sistema que poderá vigorar num futuro próximo — o espaço em redes. Para o espaço em redes (também já previsto por Milton Santos, na década de 1980), essas cidades são a interligação do virtual com o geográfico, dando a Internet a sua territorialidade.


Por Sociedade Ativa.

http://www.sociedadeativa.net/2009/05/homenagem-ao-dia-do-geografo.html

Oração do Geógrafo

Pai nosso que está no céu
Abençoado seja o nosso ESPAÇO geográfico.
Venha a nós a capacidade de compreendê-lo.
Que não seja feito a vontade do capitalismo, assim na terra, como no mar.
A topofilia de cada dia nos dê hoje.
Perdoai os incautos que dizem ser a geografia uma ciência decoreba. Assim também como perdoamos os que a usam para fazer a guerra.
Não nos deixe cair em tentação e abandonar a carreira por um concurso qualquer.
Livra-nos desse mal na graduação, no mestrado e para sempre.

Amém


Greiziene Queiroz

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que é a aprendizagem?

A aprendizagem supõe pelo menos dois componentes interligados: o primeiro, é o esforço reconstrutivo pessoal do aluno; o segundo, é uma ambiência humana favorável, onde se destaca o papel maiêutico do professor”.(DEMO, P., p.167)

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Início é sempre complicado.

Hoje tive a maravilhosa sensação de poder estar a frente de minha turma e me sentir mesmo como um professor.
Confesso que tremi na base na hora de entrar na sala.
Com uma voz horrenda e rouca fiz o que realmente tinha que fazer.
De início um desastre com a TV Pen drive, (um objeto totalmente inútil que o governo gastou horrores para implantar em cada escola- questões políticas) meus slides e vídeos não leram e aí tive que improvisar e improvisei legal.
Lemos o texto, fui ao quadro, fiz um pouco de palhaçada para descontração da galera, passei exercício e fiz tudo que tinha para fazer.
Isso me fortaleceu de um jeito que nem me importei com o tempo, e quando menos esperava tudo já tinha se passado e o tempo tinha terminado.

Foi sem dúvidas uma sensação muito boa de você perceber que seus alunos gostaram de sua aula e o mais importante, é que eles assimilaram o conteúdo.

O assunto de hoje foi bastante simples mas que sem dúvidas merece toda a atenção necessária, afinal compreender a estrutura interna do planeta e seus agentes formadores no dia de hoje é uma pauta bastante complicada.

Enfim, espero que a próxima aula seja tão prazerosa como essa primeira e que meu trabalho seja realmente satisfatório a eles.
Até a próxima.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Geografia?

Então para que serve a Geografia?

Ao contrário do que diz o meu amigo Ives Lacoste, a Geografia não só serve antes de mais nada para fazer a guerra ,mas sim para tornar o seu conhecimento muito mais enriquecido, colocando as suas questões do cotidiano em pauta e transformando -as em discussões menos generalizadas e cabíveis a críticas.
Enfim, a tal Geografia deixa de ser uma simples disciplina curricular e passa a ser uma forma dialogada e interativa, caracterizada por uma constante troca de experiências, permitindo que os limites da escola possam ser extrapolados e que nossos alunos se tornem sujeitos capazes de adquirirem uma postura crítica em relação aos fatores naturais, científicos e sociais.